
...E naquele praça, eles latiam pela utopia libertadora.
sangue, sangue, sangue, sangue, sangue, sangue
Manchando os olhos dos humanos transeuntes
Instantes pareciam poucos e insinuantes, com o corpo que acabará de remanejar-se.
A lua parecia tão tentadora quanto o cheiro de comida
a sinfonia de latidos se tornaria cada vez mais silenciosa
O que seria a face escura, com medo de suas entranhas?
O que seria a lua perdida, em meio a tanta dor?
Uma nuvem tão escura quanto o beco caía
as pálpebras despencavam como um braço descansando
mil quilos carregados por uma eternidade
A morte abraçava-o entre pêlos e machucados
Não curava os traumas ou as dores
mas o levava consigo para sempre
Um líder apenas, para acabar com a leveza do espírito.
Uma simples fala, para despertar o calor do riso.
Um minuto atrasado, no relógio antigo.
A sombra se esvai, a matilha esconde-se no vão dos mortos.
"Mas eu realmente sou só um corpo feito
para apodrecer em meio à esse lixo?"
"Meu destino é mesmo desistir e morrer
no lugar onde nasci, cresci e vivi?"
Às suas perguntas, nenhuma resposta se candidatava
5 minutos.
10 minutos.
11 segundos.
Seria essa a razão de tudo solidificar-se?
Olhando de pé, a tua própria solidão, a luz fica forte. Fraca. Média.
Mas o último suspiro, continua inadequado.
Nenhum momento parece certo para ir,
mas já não há mais como ficar aqui.
Se uma vida de cão é tão ruim
como pode um cão morrer assim?
A face do erro. Sabe-se que ainda está aqui.
O cheiro do cigarro velho.
O tabaco esmagado.
As chances tiradas em uma fração de órbita.
Talvez seja o melhor para ambos.
E o som da arma, ainda ecoa em suas mentes.