sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

traços #1


ateia
o fogo.
em espiral
a fina fumaça
espanta da teia
a aranha.
e
caindo
dos olhos
as lágrimas
em silêncio
arranham
o rosto.
na janela
a tela barra
a mosca.
dedos nervosos
desenham no pó
traços de saudades.


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