
Todas
as horas
nas suas
duas metades
entornam
na consistência
dos muitos minutos,
a sensibilidade
à flor da pele
inventando
segundos
para cada espera.
E ao longo
do meio fio
o dia
silenciosamente
se esvai
espalhando
pela calçada
sombras
de mais
uma noite
solitária
de luar.
A solidão
densa demais,
machuca.
Preso,
o sorriso
não acontece,
desaparece
nas asas
do desejo
se desfazendo
pelo chão
do quarto
ao som
repletos
de saudades.
A mão
sufoca
o grito
no rosto
amarrotado.












































